Uma editora quer me publicar, e agora? Dicas de agente para autor

O sonho da maioria dos escritores é publicar livro. A maneira que imaginamos nossa trajetória como autores, a princípio, geralmente envolve enviar um manuscrito para uma editora e, então, vermos nosso livro ser publicado, divulgado e distribuído nas livrarias. A vida real costuma dar um pouco mais de voltas.

Não é fácil ser aprovado por uma editora, especialmente no mercado editorial tão pequeno do Brasil. No entanto, a autopublicação está aí para balançar essas estruturas e permitir que todo escritor publique suas obras. Você não precisa mais aguardar a aprovação de uma editora para publicar os livros que quiser. A parte interessante é que, ao publicar ebook, você pode ganhar nome e receber uma proposta para publicar seu livro impresso com uma editora.

Quando isso acontece, o que fazer? De fato, todo bom leitor cresceu acompanhado de livros impressos. Nosso imaginário é feito de folhas de papel, afinal, os ebooks ainda são novidade. É normal querer ver seu próprio livro publicado nesse modelo que remete ao nosso passado literário.

Contudo, a autopublicação de ebooks também tem suas vantagens em relação aos livros impressos. Por exemplo, a porcentagem em royalties que o autor recebe em cima das vendas do ebook é muito maior. Na Bibliomundi, oferecemos 70% ao autor em um pagamento mensal a partir dos primeiros R$ 50 em receita. Você pode acompanhar suas vendas com total transparência em nosso site. As editoras, por outro lado, oferecem em torno de 10% a 30%. Essas diferenças podem ser um tanto assustadoras para o autor.

O papel do agente literário

É aí que entra o agente literário. Trata-se de um profissional que realiza as negociações com as editoras para a publicação do seu livro, garante que você consiga o contrato mais vantajoso e administra certos aspectos desse empreendimento para que você venda bem. Um bom agente conhece a fundo o mercado editorial e tem muitas conexões, o que facilita a sua entrada nesse meio. É muito comum que as editoras dêem preferência para manuscritos enviados por agentes, em vez de escritores, por exemplo.

Em troca, o autor costuma pagar uma porcentagem em cima dos royalties recebido. A média do mercado é de 10 a 15% do valor que o autor recebe, ou seja, se o contrato do autor com a editora garante a ele 10% em royalties, o agente só receberá 1% do lucro da obra. Indo mais longe, se o autor não vender nada, o agente também não receberá nada.

Por esse exato motivo, não é tão fácil contratar um agente literário no Brasil quando você é um autor iniciante. Para que o agente não desperdice seu trabalho com um autor que não trará lucro, ele dá preferência para autores que já consolidaram seu nome e vendem bem.

Esse é mais um dos motivos pelos quais a autopublicação de ebooks pode ser uma ótima porta de entrada para o mercado editorial, mesmo que você tenha o sonho de publicar cópias impressas do seu livro.

Na Bibliomundi, temos alguns casos de sucesso de autoras independentes que estabeleceram um nome com ebooks e publicaram também livros impressos com editoras tradicionais. É o caso de Bella Prudêncio e Letícia Black. No mercado internacional, há o best-seller Cinquenta Tons de Cinza da autora E.L. James.

Como encontrar um agente literário

É possível encontrar agências literárias com uma simples pesquisa no Google, mas um caminho mais interessante talvez seja criar uma conta no LinkedIn, rede social voltada para conexões profissionais, e adicionar pessoas do mercado editorial. Quanto mais pessoas você adicionar, mais ampla será sua rede, e você poderá entrar em contato com figuras pouco acessíveis por outros canais.

De qualquer forma, é bom pensar na sua proposta antes de entrar em contato com um agente literário. Não é elegante sair enviando um manuscrito a não ser que o agente o peça. Seja direto e educado, pergunte ao agente se ele tem interesse em representar você e fale de maneira resumida qual o gênero e enredo da sua obra. Caso o agente dê abertura, envie uma amostra do seu manuscrito.

Se você já recebeu uma proposta de uma editora ou já vendeu uma quantidade considerável de ebooks, o contato fica mais fácil. Mencione esses fatos ao agente desejado, para que ele sinta mais confiança em seu potencial como autor.

Aguardar o retorno de um agente ou agência literária requer paciência. São profissionais muito requisitados, que até em caso de resposta positiva podem demorar alguns meses para retornar seu contato, além de sempre haver a possibilidade de não receber retorno nunca.

Caso você consiga uma editora, mas não encontre um agente literário disposto a representá-lo em tempo hábil, solicite ao menos a consultoria de um profissional especializado para analisar o contrato elaborado pela editora. Não assine nada sem olhar as letras pequenas.

Contratar um agente literário é recomendável, mas não é estritamente necessário se você é um autor iniciante. O importante mesmo é escrever e ser lido. Com a Bibliomundi, você não precisa esperar a aprovação de ninguém.

3 Comentários


  1. Estou interessado em publicar um ebook, “Como Ser Feliz na Adversidade e no Mundo de Hoje”, produto de uma profunda investigação e vivência pessoal, na Bibliomundi. Vivo em Lisboa, Portugal. Podia enviar-me informação e as condições, se fazia favor? Obrigado. Cumprimentos do Baltazar

    Responder
    1. Redação

      Olá Baltazar, somos uma plataforma digital de autopublicação, ou seja, oferecemos ferramentas digitais para autores independentes se publicarem e distribuirem seus ebooks em dezenas de lojas digitais. Conheça a plataforma em bibliomundi.com.br

      Responder
  2. Nilo da Silva e Souza

    Puxa vida, vocês parece-me…, tenho certeza que estão no caminho certo quando põem em evidência estas questões. Primeiro porque, já é hora de por em prática aquela teoria de se preservar a natureza, poupando as árvores; segundo, é que para haver compatibilidade do ser humano com a evolução científica que lhe acompanha a trajetória de vida desde o tempo em que usava como recurso a placa de barro, depois o papiro, depois o pergaminho, até chegar aos dias de hoje em que propaga e armazena suas informações e conhecimento usando livros e jornais que são impressos no papel que provém das árvores, é bem razoável pensar que o novo meio de informação seja o ebook. Não sei por quê as editoras não facilitam a vida dos autores inéditos, permitindo melhores condições a estes anônimos?

    Responder

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *