Síndrome do Impostor: como ter segurança na escrita?

Quem nunca se sentiu uma fraude ou boicotou o próprio projeto em algum momento da vida? Entre todas as carreiras, as que envolvem criatividade e artes são as mais afetadas pela Síndrome de Impostor. 

Quando o escritor se deixa levar por esse sentimento, ele começa a achar que o livro dele não pode ser só “um livro igual a tantos outros por aí” e, com isso, torna-se muito exigente. De fato, é preciso muito trabalho e dedicação para escrever um bom livro, mas o sentimento de dúvida sobre o próprio potencial nunca vai embora se não soubermos controlar e racionalizar. 

O problema da Síndrome de Impostor é que ele afeta bastante a vida do escritor. Ela pode não só atrapalhar sua escrita, como também sua vida pessoal, te impedindo de alcançar objetivos maiores.

A Síndrome do Impostor se desenvolve no fato de estarmos isolados ao realizarmos nossas tarefas, o que é algo muito comum para escritores, autores independentes, redatores e produtores de conteúdo.

Nesse isolamento, aparece a sensação ótima de não ter ninguém acompanhando o processo de criação, livrando-nos de julgamentos. Depois, essa sensação se inverte, pois você começa a se questionar se as pessoas vão realmente gostar de algo que você fez com tanta liberdade e dedicação. Às vezes, logo no primeiro rascunho, já nos sentimos amadores.

E, se alguém elogia o seu trabalho, sua reação imediata é achar que a pessoa está mentindo. 

É natural do ser humano fazer comparações, sempre estamos nos comparando aos outros, mas de forma desleal. Como você não vê o processo de criação dos outros, sempre parece que o deles foi mais fácil, embora possa ser o resultado de vários meses de trabalho.

Como lidar com a Síndrome do Impostor e driblá-la?

  • Aceitar é o primeiro passo

Aceitar e entender que isso é algo totalmente natural já é um bom começo para desmistificar a síndrome. Admitir que você se sente como uma fraude é melhor do que lutar contra um sentimento que você mesmo criou. Mas lembre-se que sentir-se não é o mesmo que ser.

  • Pare com o perfeccionismo

Entendemos que escrever um livro requer uma grande dedicação, além de muita pesquisa. Mas cobrar-se demais só trará mais pressão em cima do seu processo de criação. A grande maioria dos leitores estão interessados unicamente no que você sabe e tem a compartilhar, para que possam aprender com isso.

  • Conviva mais com escritores

Seja no meio online ou offline, ao ter amizade com outros escritores e trocar informações com eles, você verá que não está sozinho, o que acontece com você não é algo único no mundo. Todos estamos predispostos a passar por isso. Enfrentar diariamente esse desafio é inerente à vida de um escritor. Além disso, pode-se estabelecer um canal de feedbacks entre os conteúdos de vocês.

  • Entenda que críticas são tão importantes quanto elogios

Qualquer feedback é válido para desenvolver suas habilidades de escrita. Receber uma crítica não é lá a coisa mais agradável do mundo (ninguém gosta, na verdade), mas ainda é importante para construir melhor seus conteúdos. Não se apegue somente aos elogios, aprenda a escutar os dois lados. Lembre-se também de que os críticos acertam tanto quanto erram.

  • Censurar seu conteúdo o torna menos rico

Quando sofremos com a Síndrome do Impostor, costumamos censurar bastante o nosso conteúdo, para escapar das críticas. Porém, isso é um tipo de cegueira, que não te deixa perceber que está privando pessoas que gostariam de conhecer suas ideias e seu trabalho.

  • Reconheça seus pontos fortes

Seu sucesso não depende apenas de sorte, mas de muito trabalho. Claro que é ótimo ter humildade, mas reconheça suas qualidades, talentos e motivações. Se estiver difícil lembrar disso, anote em uma lista as suas qualidades e leia ela todos os dias, para tirar essa crença limitante de que não é bom o bastante.

Essa síndrome, quando não controlada, pode causar problemas como ansiedade e depressão, então, se mesmo após todos os esforços você continuar se sentindo como um impostor, não hesite em buscar apoio profissional em processos terapêuticos.

O mais importante é confiar no seu potencial e não deixar que esses pensamentos ruins te destruam. Afinal, você pode ser o próximo best-seller de amanhã.

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