Dicas para escrever uma história de amor aconchegante

Sabemos que a vida não está lá essas coisas atualmente. Em meio a um cenário mundial caótico, nem aqui, nem na China as notícias estão alegres. Muito pelo contrário: essa dose diária de realidade só traz estresse, dúvidas, preocupações. Como encontrar conforto em meio a tudo isso? Temos uma resposta simples: a literatura.

Uma das alegrias da ficção é o poder de nos levar para mundos longínquos, onde os problemas da vida real não podem nos alcançar. Para isso, nem sempre precisamos construir universos fantásticos. Às vezes, basta escrever uma história de amor.

No gênero romance, uma protagonista simples, com uma vida sem nada de especial, “gente como a gente”, tem a oportunidade de viver uma paixão avassaladora. O ponto de partida pode ser aquilo que conhecemos, mas o resultado é sempre um felizes para sempre, sem os caminhos tortos da realidade.

É isso que leitores de romance procuram. Uma leitura de conforto. E no conforto, há previsibilidade. Não se trata de uma aventura por terras inóspitas, mas sim de reencontrar o já conhecido. As mesmas histórias, os mesmos clichês, os mesmos padrões. É entrar num restaurante e pedir seu prato favorito. É encolher-se no sofá com suas almofadas e pipoca para reassistir seu filme predileto.

Nem toda história precisa ser original, nem todo final tem que ser surpreendente. Às vezes, tudo o que o seu leitor quer é escapar da realidade para um mundo familiar, onde todas as fantasias adolescentes se realizam e os problemas da vida adulta não podem atrapalhar seu final feliz.

Nas dicas de autopublicação de hoje, vamos ajudar você a publicar livro de romance capaz de acalentar nossos corações em tempos difíceis.

1.     Explore as suas ideias favoritas

Todo autor tem seu nicho. Todo leitor tem seus clichês de estimação. Responda então, quais os seus? O primeiro passo para escrever um livro é nada mais, nada menos, do que pensar em qual a ideia para a sua história.

Se o seu objetivo é publicar ebook de romance aconchegante, então não é necessário sair totalmente da casinha. Mais importante do que qualquer coisa é pensar: o que é que te faz feliz?

Deixe o seu coração responder qual a história de amor que é capaz de fazer você suspirar. Às vezes, escrever esse livro pode ser até mesmo um processo terapêutico, em resposta às dúvidas e insatisfações que você tem com a vida no momento.

Você quer escrever uma história sobre uma professora de primário e um cantor de bar? Ou talvez sobre uma advogada que se apaixona por um vendedor de balões num parque de diversão?

Sua protagonista sabe o que quer da vida? Ou está perdida? De qual forma o seu interesse amoroso a complementa? Como esse encontro de personalidades pode mudar sua vida para melhor?

Permita-se explorar esses cenários que mexem com você, e não tenha pudores quanto aos clichês (ou, quem sabe, quanto a ideias talvez inusitadas demais para o gênero). O que importa é escrever o que deixa você feliz.

2.     Escreva personagens que se comunicam com você

O cenário da sua história deve mexer com o seu coração. E as personagens que o habitam devem conversar com a sua mente, com a sua vida, com as suas escolhas, com os seus desejos.

Uma boa protagonista para um romance pode ou não ter uma personalidade marcante. Sabemos, por exemplo, que Bella Swan não é nenhum exemplo de geniosidade. Contudo, isso não impediu de forma alguma que Crepúsculo se tornasse uma febre que conquistou de pré-adolescentes até senhoras de meia idade.

O que torna Bella Swan uma boa protagonista não são qualidades impactantes, mas a sua capacidade de se conectar com o público. Ela é uma moça simples, introvertida, que gosta de ler livros e ouvir música. Ela é uma típica leitora, e é por isso que o público se enxerga nela. E é por isso que o romance faz sucesso.

Novamente, essa é apenas uma possibilidade. Muitas leitoras se identificarão mais com protagonistas fortes, geniosas, que têm dificuldade de se encaixar porque não estão dentro do padrão da mulher quieta e obediente.

Não há apenas um tipo de protagonista ideal para um romance. Para cada história, há uma personagem. Encontre a sua.

3.     Deixe a química rolar

Um bom romance tem um casal com química. Sem química, não há história de amor. Essa paixão faiscante é necessária para que qualquer leitor se interesse de fato pela sua história.

O que define um casal com química, no entanto? Pode-se dizer que está nas reações que uma personagem desperta na outra. Como já mencionamos, é interessante que elas se complementem de alguma forma. Isso não quer dizer que sua história precise seguir a máxima “os opostos se atraem”, no entanto.

É curioso como o amor é único para cada um. Existem, sim, casais que preferem ser opostos um ao outro em quase tudo. É para manter a relação interessante, eles dizem. Por outro lado, também há quem prefira encontrar um amor semelhante, que compartilhe objetivos, hobbies e ideologias. Ambos são válidos, seja na ficção ou na realidade.

Tanto um amor cheio de diferenças quanto um amor cheio de semelhanças podem impulsionar alguém a se tornar uma pessoa melhor. O que importa é se uma personagem desperta algo na outra que é capaz de virar sua vida de cabeça para baixo.

Pode ser que sua personagem esteja desmotivada com a vida e sinta que perdeu sua identidade, e então encontre alguém que é exatamente a pessoa que ela sempre quis ser. Ou por outro lado, pode ser alguém completamente diferente dos seus objetivos, mas que na prática é muito melhor do que ela jamais imaginaria.

Esse fator de mudança, essa energia motivadora, esse gás. É isso que torna uma história de amor emocionante, explosiva e capaz até mesmo de curar nossas dores.

4.     Não tenha medo de vulnerabilidade

Sim, incentivamos você a escrever uma história que lhe deixe feliz, que seja repleta dos clichês que você mais ama, com personagens e cenários que mexem com você. Mas é importante lembrar que não é porque você está escrevendo uma história de amor aconchegante que você deve a todo custo fugir da dor.

Às vezes, a dor está ali para nos lembrar de que o esforço vale a pena. Que os bons momentos são preciosos. Que encontrar alguém que muda sua vida para melhor é uma benção. Que o amor é lindo.

Se tudo na vida fosse sempre impecavelmente feliz, a palavra “felicidade” sequer existiria. São os opostos que nos informam. Entendemos o bem em comparação com o mal. A tristeza em comparação com a alegria. E é equilibrando esses extremos que vivemos uma vida plena, de paz.

Uma história de ficção que cura também é uma história de ficção onde há dor. Mesmo que essa dor seja bem sutil, num plano de fundo, enquanto a personagem sai desse momento de infelicidade e se desdobra em mil momentos mágicos de paixão, que a lembram de como viver é bom.

Suas personagens não precisam ser perfeitas. Seu romance não precisa ser perfeito. Tudo bem explorar a vulnerabilidade, a insegurança, o medo de se abrir, o medo de se apaixonar, o medo de ter seu coração partido. Tudo bem se nem tudo for um retrato impecável da felicidade.

Um defeito, um comportamento maldoso, tudo isso pode ser superado através da conversa, da empatia, do amor. Permita que suas personagens errem para que você se permita errar. Permita que elas aprendam, evoluam, cresçam. Permita-se crescer também.

E é assim que você é capaz de escrever uma história de amor saudável, aconchegante, confortável… Feliz.

E aí? O que falta para você escrever essa história?

3 Comentários

  1. Jorge Nunes

    Tenho romances, aventuras, comédias, crônicas e pequenos contos escritos.
    Alguns já publicados pela AMAZON, outros simplesmente guardados no computador e outros ainda em faze de execução já que. Prefiro usar primeiro o método antigo ou seja o lapis e o papel.
    O QUE ESTÁ FALTANDO? Eu mesmo respondo: DIVULGAÇÃO
    Confesso. não me vejo interagindo na internet, podem me judar?

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    1. Redação

      Olá Jorge, dê uma olhada nos artigos aqui do blog sobre divulgação e marketing para livros. Ou confira nossa Central de Ajuda.

      Responder

  2. Boa noite!
    Eu já escrevi o meu livro de romance em 2015 intitulado O Casarão da Rua 62.
    Esse livro foi muito bem avaliado, porém poucos exemplares foram vendidos.
    Acredito que faltou por parte da editora um trabalho maior de divulgação e um direcionamento para que eu pudesse explorar melhor as midias sociais.
    Grato

    Responder

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