Como destacar sua editora nas redes sociais e livrarias

Se você leu o artigo de semana passada, já sabe o papel da gestão de marcas no sucesso da sua editora. Nossas 5 dicas de branding para editoras são o primeiro passo para sua empresa se destacar e passar confiança ao público-alvo.

No entanto, se você quer mesmo consolidar a presença da sua editora no mercado, não basta seguir as nossas dicas por apenas um dia e se esquecer depois. Nada disso, sua editora precisa de um plano de marketing digital eficiente a curto e longo prazo. E isso é exatamente o que vamos ensinar a você hoje.

Para que serve um plano de marketing?

Ações de marketing isoladas não vão longe. É muito mais eficaz estruturar um planejamento a longo prazo que conta com diversas ações e um objetivo em comum. Assim, você pode moldar o crescimento da sua editora e acompanhar os resultados.

Dito isso, o planejamento de marketing não deve ser rígido demais, e sim incluir diversos testes para que você possa descobrir quais estratégias melhor funcionam para a sua empresa. Por exemplo, lançar duas campanhas simultaneamente e analisar qual obtém o melhor resultado. Esses dados podem ser acessados em todos os principais canais de marketing digital da atualidade.

Quando a empresa é uma editora, o planejamento se mostra absolutamente indispensável. Para dar conta de divulgar os seus serviços, atrair novos autores e vender todos os novos produtos (isto é, livros) tanto para parceiros (livrarias) quanto clientes (leitores), é preciso aliar o plano de marketing ao calendário de lançamentos. Um não sobrevive sem o outro.

Etapas do plano de marketing

1. Pesquisa de mercado

Antes de fazer qualquer tipo de negócio e lançar qualquer tipo de produto, vem a pesquisa de mercado. Investigue o cenário mercadológico, descubra quais são as tendências, analise as estratégias da concorrência e encontre as oportunidades que o mercado está oferecendo no momento. A pesquisa apontará o que você deve ou não fazer, com essa informação, você deve definir sua meta.

Outro fator importante a se pesquisar é o público-alvo. Descubra exatamente quem é o seu consumidor ideal e aprenda a melhor maneira de se comunicar com ele. No caso das editoras, existem três tipos de clientes em potencial: os autores, os leitores e as lojas. Cada um deve ser analisado individualmente, com direito a estratégias e ações de marketing únicas.

2. Plano de ação

Você já tem uma meta. Agora é hora de definir o que você pode fazer para alcançá-la utilizando os dados já levantados. Cada ação de marketing deve ter um objetivo e público-alvo bem delimitado.

A análise da concorrência é uma enorme fonte de inspiração para essa etapa, mas você não deve se prender a isso. Descobrir o que funciona no mercado editorial é ótimo, mas ainda é preciso explorar a individualidade da sua marca e botar a criatividade para jogo.

Para elaborar esse plano, vale a pena se aprofundar no conceito de “funil de vendas”. Isto é, um método utilizado no marketing de conteúdo para atrair e fidelizar clientes em potencial com estratégias contínuas. Segundo o funil, cada contato do cliente em potencial com a empresa é planejado e contribui para a fidelização.

3. Canais diferentes

De certa forma, você deve “atirar para todos os lados” para se destacar no mercado. Isso não significa que você deve agir de qualquer jeito ou ignorar seu público-alvo para tentar agradar a todos. Mas, sim, você deve levar em consideração todos os canais de marketing de conteúdo na hora de executar seu planejamento. Isso inclui o Google, o Facebook, o Twitter, o Instagram, o Youtube e até mesmo eventos fora da internet. Indo mais longe, você deve considerar as características únicas de cada canal ao planejar uma ação para ele.

É importante ter uma presença direta nas redes sociais e interagir com seu público, mas também é uma boa ideia investir em parcerias. Por exemplo, você pode firmar um contrato com um booktuber que lançará reviews mensais dos lançamentos da sua editora. Mostre aos autores e às livrarias que você pensa neles também. Divulgue seus parceiros, promova eventos e faça com que trabalhar com sua editora seja um privilégio.

4. Cronograma

Ok, hora de organizar tudo isso em um cronograma. Pegue o calendário de lançamentos da sua editora e mãos à obra. Pense cuidadosamente em como promover cada título no timing correto, com ações dedicadas a cada público que pode interagir com ele. Inclua propostas para livrarias nesse cronograma, elas também são ações de marketing.

Tratando-se das redes sociais, blog e email marketing, é fundamental controlar a frequência das ações. Não é adequado publicar muito conteúdo de uma vez só, pois o público perderá o interesse e provavelmente os algoritmos não ajudarão também. Por outro lado, se sua marca sumir do mapa por tempo demais, o público se esquecerá dela.

5. Monitoramento

Por fim, você deve monitorar o desempenho das suas ações de marketing. Verifique o número de visitas no site, interações nas redes sociais, quais campanhas receberam mais cliques, quantos produtos foram adquiridos, a origem das visitas em seu site, entre outros.

O monitoramento constante é essencial para a melhoria do seu plano de marketing, que deve se moldar aos resultados.

Lean Publishing: uma estratégia para editoras

Uma técnica que está crescendo no mercado editorial é o Lean Publishing, também conhecido como “publicação enxuta” em português. Consiste na publicação de um livro em progresso, para que receba feedback dos leitores e possa ser melhorado e adaptado de acordo com as tendências do mercado.

Essa estratégia vem de uma ideologia em que cada livro é visto como uma startup, um empreendimento que deve ser sujeito a testes. Dessa forma, o livro deve ser publicado como produto mínimo viável. Ou seja, o mínimo de esforço possível deve ser colocado em sua primeira versão pública. A reação do público definirá se o projeto merece continuidade e quais alterações devem ser feitas.

Para que esse modelo dê certo, é importante que o livro seja publicado em uma plataforma onde se receba o feedback dos leitores e que o livro possa ser atualizado com facilidade. Livros de não-ficção podem ser publicados na íntegra em sua versão mínima viável, de modo que todo o conteúdo seja analisado pelos leitores. Os livros de ficção, por sua vez, podem voltar a um modelo semelhante ao folhetim, no qual cada capítulo é publicado separadamente e os leitores acompanham o progresso do enredo em tempo real.

Algumas dúvidas frequentes sobre o Lean Publishing são:

  • Por que pedir opinião aos leitores se há profissionais do mercado disponíveis?

Nenhuma opinião vale mais do que a do seu público-alvo em si. Embora a perspectiva de especialistas do mercado seja valiosa, ela não é livre de erros, e o mercado não é livre de imprevistos. O contato direto com o público é um teste verdadeiro e honesto da validade do seu projeto.

  • Por que um leitor teria interesse em ler um livro em progresso?

O Lean Publishing oferece vantagens ao leitor também. Por exemplo, quando se trata de não-ficção, o acesso antecipado à informação é um trunfo. Ainda que o livro possa ser melhorado, ele oferece conteúdo novo e exclusivo que pode ter utilidade para o leitor. E, se não tiver, é sinal de que o projeto não estava no caminho correto. Já os leitores de ficção muitas vezes têm interesse em um contato maior com o autor e seu processo criativo. Poder acompanhar de perto o progresso do enredo é um grande benefício.

É inteligente enxergar também as possibilidades do Lean Publishing não só como uma estratégia de redução de riscos e teste de mercado, mas também como uma oportunidade de se aproximar do público. Mostre aos leitores de ficção que sua editora é acessível, e que todos podem fazer parte dessa equipe.

E aí, está pronto para destacar sua editora nas redes sociais e livrarias? 

Não tem uma editora? Então leia nossas dicas de autopublicação para autores independentes que querem publicar livro!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *